MORFOLOGIA ; ABORDAGEM CONCEITUAL DAS FORMAS LIVRES , PRESAS E DEPENDENTES . (terceira postagem)
Durante as aulas de morfologia estudamos as definições de Leonard Bloomfield ( referentes às formas livres e presas ) e de Mattoso Câmara Jr. ( em relação às formas presas ). Ainda na década de 30 , Bloomfield , sob a ótica da linguística estadunidense de enfoque distribucional , define como formas livres àquelas capaz de “constituir por si só um enunciado “ . Ou seja , seria toda e qualquer forma caracterizada como suficiente para estabelecer a comunicação .
Linguistas brasileiros como Valter Kehdi e Flávia de Barros Carone , posteriormente , utilizarão seus conceitos ao analisar palavras , morfemas e definir enunciados em português, inseridos em gêneros textuais ou não .
Carone atenta para o fato de que “toda frase , da mais simples à mais complexa , é uma forma livre ....”. No entanto , por motivos metodológicos e pedagógicos , em sua obra “Morfossintaxe”, ela se atem à análise das formas livres mínimas ( restritas aos limites dos vocábulos ).Em ambos os casos , é de fundamental importância observarmos a entonação , capaz de proferir-lhes ou não esse “caráter livre “ .
De acordo com Bloomfield , as formas presas seriam aquelas que surgem “atreladas a outras em um vocábulo”. As formas presas podem ser de origem derivativa ( prefixos e sufixos) ou flexional ( vogais temáticas , desinências verbais e nominais )
Mattoso Câmara Jr. , em 1967 , fará uma grande contribuição à temática em questão ao conceituar e caracterizar as formas dependentes . Seriam formas que, apesar de certa autonomia , nunca aparecem isoladas. Ao contrário das presas , as formas dependentes podem variar de posição e/ou permitem a intercalação entre elas e as livres.
Em seu livro “Estrutura da língua portuguesa “ ele exemplifica o conceito ao tratar das preposições , que no português , “ embora liguem um antecedente a um consequente, admitem que se introduzam elementos entre elas e o consequente “ .
A seguir , utilizaremos o gênero textual “pretensamente” literário para aplicarmos os conceitos acima definidos .
P.S. : mosaico ilustrativo em exibição na casa de Diego Rivera e Frida Calo ( Ciudad de México )
Andrea, legal o teu texto! Mas seguem algumas observações:
ResponderExcluir1. Mattoso Camara Jr introduz o conceito de forma dependente;
2. Desinências, em nosso curso, chamamos de afixos.