1) Formas livres :
-podem ser enunciados completos como " Por mi raza hablará mi sangre "
( frase carregada de simbolismo pátrio para os mexicanos . Não por acaso consta na insígnia da Universidade Nacional Autônoma do México)
- podemos citar inúmeros substantivos visualizados no texto como Sevilla , índia, tartaruga , liberdade , mar , areias , alma, povos , formas etc. .
- podemos também analisar o radical das palavras como livres e seus afixos como formas presas
como no exemplo " que felicidade "
2) Formas presas de origem derivativa:
-prefixos : "com " em "compartilhar " e em "compaixão"
-sufixos : "idade" em "ancestralidade" , "oportunidade "e " impunidade "
3) Formas presas de origem flexional
Exempos :
- no português as vogais temáticas "o" em "filhos" e "a" no verbo "lançar"
4) Formas dependentes
Exemplos :
- "me" em " me encontro" , "me surpreendo " e "me lançar ao mar " . A partícula "me" poderia ser tranquilamente utilizada após os verbos .
-"que" nos trechos " e como índia que sou " , "que minh'alma" .
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COEXISTÊNCIA DE FORMAS LIVRES, PRESAS E DEPENDENTES
(TEXTO PARA ANÁLISE )
PRESAS
Minha
alma ficou presa ao túmulo dos meus avós.
A memória afetiva da família foi eternizada a partir do traçado de um menino com 77 anos . Suas pinturas e desenhos tecem tramas familiares entre nós e nossos bisavôs Sevilla, Anaya, Santin, Werneck, Barreto , Hernández , González , Guerra , Almeida.....(este último vindo de um clã de árabes fugitivos da Inquisição). “Al”,“ma’e”,“da”, almas idas, almas perdidas ....todos vivem em meu coração. Todos a reviver trajetórias através da curiosidade dos meus filhos diante dos quadros pintados pelo avô; presos que estamos à nossa história .
A memória afetiva da família foi eternizada a partir do traçado de um menino com 77 anos . Suas pinturas e desenhos tecem tramas familiares entre nós e nossos bisavôs Sevilla, Anaya, Santin, Werneck, Barreto , Hernández , González , Guerra , Almeida.....(este último vindo de um clã de árabes fugitivos da Inquisição). “Al”,“ma’e”,“da”, almas idas, almas perdidas ....todos vivem em meu coração. Todos a reviver trajetórias através da curiosidade dos meus filhos diante dos quadros pintados pelo avô; presos que estamos à nossa história .
LIVRES
Sou
livre para me lançar ao mar: tartaruga
marinha....carapaça genética .
Por onde passo levo minha casa de cultura milenar. Escolho o espanhol, que tanto amo ouvir , “hablar” , estudar.... . Me surpreendo ao encontrar quem compartilhe da mesma realização. Algumas , por motivos que a “lógica” da ancestralidade não explica , vivenciam essa oportunidade com a mesma intensidade : que alegria , que felicidade , quanta emoção !
Ironia diante da “liberdade”? Como mulher, busco a igualdade . Como latino americana, busco o reconhecimento . Me encontro em luta constante contra as atrocidades e a impunidade . Encontro ,” com paixão “ , milhares de seres solidários coexistindo , compartilhando batalhas ; momentos eternos de compaixão . Em busca estão da liberdade, latente, diante da conquista de uma nova profissão .
Por onde passo levo minha casa de cultura milenar. Escolho o espanhol, que tanto amo ouvir , “hablar” , estudar.... . Me surpreendo ao encontrar quem compartilhe da mesma realização. Algumas , por motivos que a “lógica” da ancestralidade não explica , vivenciam essa oportunidade com a mesma intensidade : que alegria , que felicidade , quanta emoção !
Ironia diante da “liberdade”? Como mulher, busco a igualdade . Como latino americana, busco o reconhecimento . Me encontro em luta constante contra as atrocidades e a impunidade . Encontro ,” com paixão “ , milhares de seres solidários coexistindo , compartilhando batalhas ; momentos eternos de compaixão . Em busca estão da liberdade, latente, diante da conquista de uma nova profissão .
DEPENDENTES ....
Resolvi
retornar às minhas raízes e retomar as minhas origens das quais minh’alma é carente .Determino minha trajetória, apesar
da história traçada por meus antecedentes (imigrantes fugindo das Guerras, da
ignorância e da violência).
Me encontro cruzando mares! Volto às areias milenares de um “Novo Mundo” de oportunidades... . E como índia que sou , levo meus curumins : “por mi raza hablará mi sangre”. Talvez , assim, possam “ hablar con palabras que brotan del corazón “ .
Me encontro cruzando mares! Volto às areias milenares de um “Novo Mundo” de oportunidades... . E como índia que sou , levo meus curumins : “por mi raza hablará mi sangre”. Talvez , assim, possam “ hablar con palabras que brotan del corazón “ .
Que
fizeram com as minhas demais línguas? Que
fizeram com meus povos outros ? ! seus anseios , seus registros ... Onde estão as minhas
demais raízes que minh’alma só se expressa nessas línguas que aqui estão ? Grata sou por estas aulas ;
portas abertas para novas descobertas ! Delas
dependo para reestabelecer conexões .
P.S. : telas de autoria do pintor mexicano Diego Rivera
Muito bem, gostei! Mas seguem algumas observações:
ResponderExcluir1. {felic-} é raiz. Diferencie raiz de radical;
2. "me" não é partícula, é pronome.