sexta-feira, 12 de julho de 2013

ANÁLISE DE ALGUMAS FORMAS LIVRES , PRESAS E DEPENDENTES

ANÁLISE DE  ALGUMAS FORMAS LIVRES PRESAS E DEPENDENTES  ENCONTRADAS NO TEXTO  POSTADO




1) Formas livres :

-podem ser enunciados completos como " Por mi raza hablará mi sangre "
( frase carregada de simbolismo  pátrio para os mexicanos . Não por acaso consta na insígnia da Universidade Nacional Autônoma do México)
- podemos citar inúmeros substantivos visualizados no texto como Sevilla , índia, tartaruga , liberdade , mar ,  areias , alma, povos , formas etc. .
- podemos também analisar o  radical das palavras como livres e seus afixos como formas presas
como no exemplo  " que felicidade "




2) Formas presas de origem derivativa:

-prefixos : "com " em "compartilhar " e em "compaixão"
-sufixos : "idade" em "ancestralidade" , "oportunidade "e  " impunidade "





3) Formas presas de origem flexional
  Exempos :
- no português as vogais temáticas  "o" em "filhos"  e "a" no verbo "lançar"






4) Formas dependentes
Exemplos :
- "me" em " me encontro" , "me surpreendo " e "me lançar ao mar " . A partícula "me" poderia ser tranquilamente utilizada após os verbos .
-"que" nos  trechos " e como índia que sou " ,  "que minh'alma" .

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                            COEXISTÊNCIA DE FORMAS LIVRES, PRESAS E DEPENDENTES
(TEXTO PARA ANÁLISE )
 PRESAS

                Minha alma ficou presa ao túmulo dos meus avós.
 A memória afetiva da família foi eternizada a partir do traçado de um menino com 77 anos . Suas pinturas e desenhos   tecem tramas familiares entre nós e nossos bisavôs Sevilla, Anaya, Santin, Werneck, Barreto , Hernández , González , Guerra , Almeida.....(este último vindo de um clã de árabes fugitivos da  Inquisição). “Al”,“ma’e”,“da”, almas idas, almas perdidas ....todos vivem em meu coração. Todos  a reviver trajetórias  através da curiosidade dos meus filhos diante dos quadros pintados pelo avô; presos que estamos à nossa história .

LIVRES                                

                Sou livre para me lançar ao mar:  tartaruga marinha....carapaça genética .
Por onde passo  levo minha casa de cultura milenar. Escolho o espanhol, que  tanto  amo ouvir , “hablar” , estudar.... . Me surpreendo ao encontrar quem compartilhe da mesma realização. Algumas , por motivos que a  “lógica” da  ancestralidade  não explica , vivenciam essa oportunidade com a mesma intensidade : que alegria ,  que felicidade , quanta emoção !
                Ironia diante da “liberdade”?  Como  mulher,  busco a igualdade .  Como  latino americana, busco o reconhecimento . Me encontro em luta constante contra as atrocidades e a impunidade . Encontro ,” com paixão “ , milhares de seres solidários coexistindo  , compartilhando batalhas  ;  momentos eternos de compaixão . Em busca estão da liberdade,  latente, diante da conquista de uma nova profissão .     

DEPENDENTES ....

                Resolvi retornar às minhas raízes e retomar as minhas origens das quais minh’alma  é carente .Determino minha trajetória, apesar da história traçada por meus antecedentes (imigrantes fugindo das Guerras, da ignorância e da violência).
                Me encontro cruzando mares! Volto às areias milenares de um “Novo Mundo” de oportunidades... . E como índia que  sou , levo meus curumins : “por mi raza hablará mi sangre”. Talvez , assim, possam “ hablar   con  palabras  que brotan del corazón “ .
                Que fizeram com as minhas demais  línguas? Que fizeram com meus povos outros ? ! seus anseios , seus registros ... Onde estão as minhas demais raízes que minh’alma só se expressa nessas línguas que aqui estão ? Grata sou por estas aulas ; portas abertas  para novas descobertas ! Delas dependo para reestabelecer conexões .

       P.S. : telas de autoria do pintor mexicano Diego Rivera          

Um comentário:

  1. Muito bem, gostei! Mas seguem algumas observações:
    1. {felic-} é raiz. Diferencie raiz de radical;
    2. "me" não é partícula, é pronome.

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